segunda-feira, 25 de abril de 2011

Lição.


Apresento-vos:

As 10 lições para se ser chunga.

1º - Ser chungoso.
2º - Usar Vestimenta por nós já conhecidas.(sem esquecer a calça de fato-de-treino xxxl dentro da meia).
3º - Ter um piercing onde normalmente as chungas é que usam.
4º - Ostentar Argolas... (ouro, prata)... simplesmente argolas.
5º - Possuir um terço... (ouro para os ricos, os que brilham no escuro para os menos ricos).
6º - Pensar que saber rimar é só fazer terminar... algo em ar.
7º - Pensar que usar essas mesmas rimas com um ritmo que usa para cantar os parabéns é ... cantar.
8º - Escrever nessas mesmas rimas, algo "só espero por um mundo melhor, sem injustiças".
9º - Assaltar alguém nem que seja por 1€. (sempre com o terço ao peito e .. proclamando o tal mundo melhor).
10º - Não querem ser escravos da sociedade mas são escravos de substancias ilícitas.


Bónus feature: 11º - Não saber mexer no photoshop mas pensar que sim. As ninas curtem totil umas montagens =)

sábado, 23 de abril de 2011

Besos sin sal


Sensações inoportunas desenquadradas com o tempo,
Gritos rasgados pelo vento frio do mar .
Ha cinzento na minha alma há vento no meu falar.

Perduras nas insónias morosas.
Procuro incansavelmente a razão de o ser.
Desisto, desfragmento e acabo por me perder.

Rodopio na esfera da incerteza,
Como um pião pequeno e singelo,
Hoje sou assim, amanha sou mais belo.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Fragmento











Fragmento
Estética do Artifício

A vida prejudica a expressão da vida. Se eu tivesse um grande amor nunca o poderia contar.

Eu próprio não sei se este eu, que vos exponho, por estas coleantes páginas fora, realmente existe ou é apenas um conceito estético e falso que fiz de mim próprio. Sim, é assim. Vivo-me esteticamente em outro. Esculpi a minha vida como a uma estátua de matéria alheia ao meu ser. Às vezes não me reconheço, tão exterior me pus a mim, e tão de modo puramente artístico empreguei a minha consciência de mim próprio. Quem sou por detrás desta irrealidade? Não sei. Devo ser alguém. E se não busco viver, agir, sentir, é - crede-me bem - para não perturbar as linhas feitas da minha personalidade suposta. Quero ser tal qual quis ser e não sou. Se eu cedesse destruir-me-ia. Quero ser uma obra de arte, da alma pelo menos, já que do corpo não posso ser. Por isso me esculpi em calma e alheamento e me pus em estufa, longe dos ares frescos e das luzes francas - onde a minha artificialidade, flor absurda, floresça em afastada beleza. Bernardo Soares in Livro do desassossego.